29 de janeiro de 2013

Maranhão berço de heróis.


História.
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Foram os espanhóis os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje se encontra o Estado do Maranhão. Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses, uma primeira tentativa fracassada de ocupação do território. Foram os franceses que realizaram a ocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500 deles chegaram em três navios e fundaram a França Equinocial. Seguiram-se lutas e tréguas entre portugueses e franceses até 1615, quando os primeiros retomaram definitivamente a colonia. Em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão e Grão-Pará, com o objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com a metrópole, uma vez que as relações com a capital da colonia, Salvador, localizada na costa leste do oceano Atlântico eram dificultadas, devido às correntes marítimas.

Invasão dos Holandeses
Em 1641, os holandeses invadiram a região e ocuparam a ilha de São Luiz, nomeando o povoado em homenagem ao rei Luiz XIII. Três anos depois, foram expulsos pelos portugueses. A separação do Maranhão e Pará veio a ocorrer em 1774, após a consolidação do domínio português na região. A forte influência portuguesa no Maranhão fez com que o Estado só aceitasse em 1823, após intervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de setembro de 1822. No século XVII, a base da economia do Estado encontrava-se na produção do açúcar, cravo, canela e pimenta; no século XVIII, surgiram o arroz e o algodão, que vieram a se somar ao açúcar, constituindo-se estes três produtos a base da economia escravocrata do século XIX.

Sirios-libaneses e migrantes Cearenses, aumentaram a produção.
Com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888, o Estado enfrentou um período de decadência econômica, do qual viria a se recuperar no final da primeira década do século XX, quando teve início o processo de industrialização, a partir da produção têxtil. O Estado do Maranhão recebeu duas importantes correntes migratórias ao longo do século XX. Nos primeiros anos chegaram os sírio-libaneses, que se dedicaram inicialmente ao comércio modesto, passando em seguida a empreendimentos maiores e a dar origem a profissionais liberais e políticos. Entre as décadas de 40 e 60 chegou grande número de migrantes originários do Estado do Ceará, em busca de melhores condições de vida na agricultura. Dedicaram-se principalmente à lavoura de arroz, o que fez crescer consideravelmente a produção do Estado. 

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 Cultura


A riqueza do acervo arquitetônico, as belezas naturais, a variedade de pratos típicos e efervecência cultural fazem do Maranhão o lugar ideal para quem busca diversão. Beleza, tradição, variedade, magia. Estas são palavras que traduzem um pouco da rica cultura popular do Maranhão. Não poderia ser diferente. A miscigenação das raças negras, brancas e indígenas, está presente em quase tudo aquilo que define a identidade cultural do Estado: no artesanato, na construção de embarcações típicas, nas danças e folguedos, nas festas, na culinária, na música e na tradição oral; Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula e Caroço, Carnaval, São João, Divino Espírito Santo; as lendas da Serpente, do Touro Encantado e de Ana Jansen são resultados de uma síntese fascinante, marcada pela criatividade, tradição e participação popular que fazem do Maranhão um estado turisticamente grandioso.

Artesanato Maranhense.
Criativo e diversificado. É assim o artesanato maranhense. Vasos, bolsas, chinelos, toalhas, chapéus, miniaturas inspiradas em símbolos da cultura regional são apenas alguns exemplos dessa grande produção que, nas mãos dos artistas locais, ganham sempre novos tons, cores e formas. As matérias primas são variadas. Algodão, couro, madeira, argila e até a fibra de uma planta que pouca gente conhece, o guarimã. Mas o forte mesmo é a palha do buriti. A palmeira, própria de regiões alagadas, é comum nos municípios dos Lençóis Maranhenses. 

É da palha do buriti que se extrai uma fibra versátil e resistente que dá origem a dezenas de peças comercializadas nas lojas e mercados e centros de artesanato. Em Rosário destaca-se a produção de peças de cerâmica. E na colônia de pescadores da Raposa sobressai-se a produção de renda. Em São Luís vale a pena adquirir algumas das concorridas miniaturas retratando personagens típicos de São Luís: sorveteiros, verdureiros, carvoeiros, que ainda hoje oferecem seus produtos, fazendo pregões pelas ruas. Finalmente os boizinhos, pequenas e delicadas réplicas dos bois, grandes atrações durante as festas de São João


 Além dos produtos artesanais, o visitante pode provar também de deliciosas guloseimas como sucos doces e bebidas feitos com frutas regionais. Quem não resiste ao exótico e tem lugar de sobra no bagageiro, também pode incluir na lista as lembrancinhas: Instrumentos musicais que dão rítimo a cultura maranhense como as matracas e os pandeiros, bancos, mesas, e portas-chave revestidos com azulejos pintados à mão, boinas e camisetas com estampas pra regueiro nenhum botar defeiro, brinquedos rústicos, quadro de pintores da terra, CDs de Músicas Maranhenses e até um refirgerante cor-de-rosa, fabricado no maranhão com gosto de canela que você vai adorar.

Bumba-Meu-Boi.
Os brancos trouxeram o enredo da festa; os negros, escravos, acrescentaram o ritmo e os tambores; os índios, antigos habitantes, emprestaram suas danças. E a cada fogueira acesa para São João, os festejos juninos maranhenses foram-se transformando no tempo quente da emoção, da promessa e da diversão. É nesta época de junho, que reina majestoso o Bumba-meu-boi. O auto popular do Bumba-meu-boi conta a estória da Catirina, uma escrava que leva seu homem, o nego Chico, a matar o boi mais bonito da fazenda para satisfazer-lhe o desejo de grávida: comer língua de boi. Descoberto o malfeito, manda o Amo (que encarna o fazendeiro, o latifundiário, o "coronel" autoridade) que os índios capturem o criminoso, que, trazido à sua presença, representa a cena mais hilariante da comédia (e também a mais crítica no sentido social). 

Para ressuscitar o boi, chama-se o doutor, cujos diagnósticos e receitas estapafúrdias ironizam a medicina. Finalmente, ressurgido o boi e perdoado o negro, a pantomima termina numa grande festa cheia de alegria e animação, em que se confundem personagens e assistentes. Com traços semelhante aos dos autos medievais, a brincadeira do Bumba-Meu-Boi existe em outras regiões do País, mas só no Maranhão tem três estilos, três sotaques, e um significado tão especial. É mais que uma explosão de alegria. É "quase uma forma de oração", servindo como elo de ligação entre o sagrado e o profano, entre santos e devotos, congregando toda a população. O Bumba-Meu-Boi, na verdade, nasce de pagamento de uma promessa feita ao "glorioso" São João, mas nas festas juninas maranhenses também se rendem homenagens a São Pedro e São Marçal. Clique e Saiba mais sobre Bumba-Meu-Boi do Maranhão 

Carnaval.
Se você quer curtir o autêntico caranaval de rua, venha para São Luís! Participe dos blocos carnavalescos que tem nomes pra lá de inusitado; C... de Asa, X... Voadora. Isso sem contar com o bloco onde a grande atração é um Jegue. Você terá muita energia para brincar pelas ruas do centro histórico. Nessa festa de cores e ritimos a diversão invade o centro da cidade e se espalha pelos bairros da capital. Nos circuitos a animação redobra no encontro dos blocos. E pra não perder o pique, a dica é saborear o delicioso caldo de ovos ou de mariscos, ou uma peixada, em pitorescos bares e restaurantes à beria mar. A ordem é repor as energias e se preparar para mais um dia de festa. Clique e saiba mais sobre o carnaval no maranhão. 
 Culinária Maranhense.
A gastronomia do Maranhão é composta por pratos que satisfazem aos mais exigentes paladares, em essência, é influenciada pelas culinárias africana, indígena e portuguesa. Dentre os pratos mais exóticos, se destaca o cuxá, mas temos pratos feitos à base dos seguintes frutos do mar: peixes, camarões, carangueijos, siris e sururus que tornam a nossa culinária uma das mais variadas e deliciosas do Brasil. A terra também traz suas delícias. São os doces, sucos, cremes e licores de frutas típicas como bacuri, cupuaçu, murici, cajá, sapoti, juçara (ou açaí), buriti, jenipapo e graviola. 

Não dá para resistir a este cardápio! A típica cozinha maranhense é também caracterizada pelo cuscuz de milho, bolo de macaxeira, macaxeira cozida, queijo coalho, canjica, pamonhas, o pé-de-moleque, o beiju, à base de tapioca, amendoim, arroz doce e cuscuz de coco. As frutas regionais, além da bela aparência de suas cores, são deliciosas. Temos aqui cajá, caju, manga, mangaba, graviola, pitanga, acerola, sapoti, bacuri, abricó, que são usados no preparo de deliciosos sucos, doces e bebibas regionais. Clique e saiba mais sobre a culinária maranhense.
 Danças Tipicas do Maranhão.
Os brancos trouxeram o enredo da festa; os negros, escravos, acrescentaram o ritmo e os tambores; os índios, antigos habitantes, emprestaram suas danças. E a cada fogueira acesa para São João, os festejos juninos maranhenses foram-se transformando no tempo quente da emoção, da promessa e da diversão. É nesta época de junho, que reina majestoso o Bumba-meu-boi. Verdadeira explosão de ritmos e cores, o Bumba-meu-boi é a mais importante manifestação folclórica do Maranhão. Suas raízes são negras, indígenas e européias, e suas origens se perdem no tempo. A brincadeira gira em torno de um auto, história encenada com muito humor pelos componentes, contando a história de Pai Francisco. Clique e saiba mais sobre a dança maranhense.

Festas Populares.
O Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho mantém, no Setor de Pesquisa e Difusão Cultural, um Cadastro de Grupos Folclóricos e Festas Populares do Maranhão, no qual estão cadastrados grupos carnavalescos, grupos juninos, grupos de Tambor de Crioula, grupos mirins e festas do Divino Espírito Santo (65 festas em São Luís e 82 em municípios do interior do Maranhão). Clique e saiba mais sobre as festas populares do maranhão.

Lendas do Maranhão.
Lendas e mistérios povoam o imaginário popular em São Luís do Maranhão. Fantasmas, animais encantados e carruagens de fogo fazem parte da crendice popular, que ainda hoje encanta crianças e adultos. Clique e saiba mais sobre as festas populares do maranhão.

Fazer turismo no maranhão tem sido a opção de muitos brasileiros e estrangeiros, é um dos Estados mais procurados para turismo no brasil, pois tem uma vasta riqueza ecológica. Localizado entre as regiões Norte e Nordeste, o Maranhão tem o privilégio de possuir, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. Há vários pontos turísticos em toda região como: Lagoa da Janse, Praias, centro histórico e os lencóis maranhenses que é um paraíso a céu aberto, que encanta turístas de todo o mundo com seus 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, lindas paisagens, deserto com milhares de lagoas de águas cristalinas, compondo um Estado que está sendo descoberto e apreciado no mundo inteiro.

28 de janeiro de 2013

Tipos Textuais.



Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. As únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dissertação ou exposição, informação e injunção. É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual.

Tipos

Texto narrativo

Tipo textual em que se conta uns fatos, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo personagens e um narrador. Refere-se a objetos do mundo real ou fictício. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as piadas do cotidiano.

Texto descritivo

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. Nessa espécie textual as coisas acontecem ao mesmo tempo.

Texto argumentativo

Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma idéia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

Texto dissertativo (ou expositivo)

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

Texto injuntivo

Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.

27 de janeiro de 2013

Os Gêneros Textuais.


Gêneros textuais
Os gêneros textuais se definem pelas características das quais os textos se constituem, tais como a linguagem e o conteúdo propriamente dito
Por todos os lugares que passamos, seja em casa, na escola, no trajeto que fazemos de um lugar a outro, no parque de diversões, no shopping, enfim, em muitos outros, deparamo-nos com uma diversidade de textos, não é verdade? No entanto, nem sempre temos a curiosidade de analisá-los, levando em consideração as características que os constituem.
Mas, por meio deste encontro, você vai descobrir a importância de compreender um pouco mais sobre tais textos. Para começar, você deve compreender alguns aspectos importantes, tais como:
Os textos se constituem de características distintas
Os textos se constituem de características distintas
• Em que contexto, ou seja, em que situação foi escrito, produzido, determinado texto?
• Para quem ele foi escrito, isto é, quem serão as pessoas mais interessadas em lê-lo?
• Quem o escreveu?
• Quais as intenções, os objetivos, que levaram o emissor (quem o escreveu) a produzi-lo? 
Muitas serão as intenções de um texto, variados serão os interlocutores (as pessoas para quem é destinado um determinado tipo de texto), e ele poderá ter sido produzido em diversas situações. 
Vamos analisar, portanto, as finalidades:  uma reportagem é produzida no sentido de nos deixar informados sobre os acontecimentos da sociedade, do dia a dia; um manual de instruções, uma bula de remédio e uma receita culinária servem para nos orientar acerca de algo; um panfleto e um anúncio publicitário têm o propósito de nos chamar atenção para um determinado assunto, como é o caso das propagandas, dos outdoors, dentre outros exemplos. 
Dessa forma, dependendo dos elementos analisados acima (quem escreve, para quem escreve, em que situação se produz, quais as intenções determinadas pela mensagem), temos o conceito de gêneros textuais. Assim, para que você possa entender melhor sobre essa definição, observe: 
Gêneros textuais são os conceitos que se aplicam aos diversos textos com características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo propriamente dito.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

A nossa Língua Portuguesa.

 

A nossa língua portuguesa é um sistema de diferentes formas e significados e de seus entrelaçamentos. Por esse motivo é sistematizada em três modos de análise de elementos que a compõe:
 • Morfologia: é parte da língua que estuda os morfemas, ou seja, tudo que nos diz sobre gênero e número dos substantivos; tempo, modo, número e pessoa de um verbo e classe gramatical.
• Sintaxe: é a parte da língua que estuda o modo como o falante transmite a informação, a maneira com que organiza e relaciona as palavras em uma oração.
• Semântica: é a parte da língua que estuda o significado das palavras, os sentidos que elas podem tomar de acordo com o contexto.

Mas, o que vem a ser língua? A língua, primeiramente, nos remete a um órgão do corpo que é usado na comunicação, e é a partir daí que começamos a entender que o idioma escrito hoje foi, um dia, apenas falado. A partir desse princípio de fala, nós definimos língua como o conjunto de letras que formam palavras com sentidos diversos. E a relação dessas palavras e suas significações nós chamamos de sistema. Logo, a língua é um sistema, ou seja, um conjunto de elementos que relacionam entre si e formam um significado.

Nossa língua recebe adjetivação de “portuguesa” porque veio de Portugal, colonizador do Brasil. Porém, o português de Portugal não permaneceu em sua colônia de maneira pura e simples, mas recebeu uma conotação abrasileirada e, por isso, falamos do português do Brasil. No entanto, não só o Brasil foi colonizado pelos portugueses e fala o português, mas também outros países: Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Como vimos, a língua, acima de tudo, é um código social, um acordo de letras, que em combinações entre si adquirem significado para um determinado grupo social. Contudo, há uma convenção linguística, a qual permanece em uma sociedade para que a comunicação possa existir entre os falantes. Porém, não quer dizer que todo indivíduo vai escrever e falar da mesma maneira, já que cada um tem a sua particularidade e um objetivo ao se comunicar.

Há distinção ainda entre norma culta e coloquial: a primeira é estabelecida pela obediência a normas e regras da comunicação, enquanto a segunda nos remete àquela mais próxima da fala. Por isso, há o estudo da gramática da língua portuguesa, que é a averiguação da correspondência entre o que se fala ou escreve e as normas ou leis vigentes para o uso da comunicação de forma culta, polida.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

 

A Língua Portuguesa está espalhada por alguns continentes, como Europa, América Latina, África e Ásia. Isso se deve à política expansionista de Portugal, nos séculos XV e XVI, Levando para as colônias essa língua tão rica, que se misturou a hábitos e crenças diversas e acabou sendo enriquecida com novas variedades regionais. Sua origem está no latim, que os romanos introduziram na Lusitânia, região norte da Península Ibérica, a partir de 218 a.C.. Após a invasão romana da Península Ibérica, todos aqueles povos, com exceção dos bascos, passaram a conviver com o latim, o que deu início ao processo de formação do português, espanhol e galego. Esse movimento de homogeneização cultural, linguística e política foi denominado de romanização. Até o século IX, a língua falada era o romance, uma espécie de estágio intermediário entre o latim vulgar e as modernas línguas latinas, como português, espanhol e francês. Essa fase é considerada como pré-história da língua.

A Língua Portuguesa aportou em nosso país junto com os portugueses através do descobrimento de nossas terras. Os indígenas resistiram à imposição da língua dos colonizadores, mas como isso não poderia ser evitado, foram promovidos contatos entre a língua portuguesa de Portugal e as diversas línguas indígenas, sobretudo com o Tupi, em sua variedade conhecida como Língua Geral da Costa. Esses contatos deram início às alterações do Português no Brasil, afetando apenas o léxico. Novos contatos ocorreram com a chegada dos milhões de africanos. Posteriormente, novos contatos ocorreram com o espanhol e o francês, por causa das invasões, e as línguas europeias de imigração, como o italiano, o alemão, o japonês, e outras línguas trazidas pelos imigrantes.

O dia 10 de junho foi escolhido para representar a data do Dia da Língua Portuguesa, porque marca o aniversário da morte de Luiz Vaz de Camões, um dos maiores poetas portugueses. Ele faleceu no dia 10 de junho de 1580. Camões conviveu com grande parte das aventuras marítimas dos portugueses, conhecendo e poetando também sobre as aventuras de seus antepassados. Esse dia também foi escolhido para ser o Dia de Portugal. Cerca de 250 milhões de pessoas no mundo falam a Língua Portuguesa atualmente. No Brasil, estão 80% desses falantes. O português é a língua oficial em: Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

25 de janeiro de 2013

Os grandes mestres da Literatura mundial.




Machado de Assis: um dos mais importantes escritores brasileiros.

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21/6/1839, filho de uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.
Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público.
Publicou seu primeiro poema intitulado Ela, na revista Marmota Fluminense. Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro presidente.
Podemos dividir as obras de Machado de Assis em duas fases: Na primeira fase (fase romântica) os personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. Desta fase podemos destacar as seguintes obras: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).
Na Segunda Fase ( fase realista ), Machado de Assis abre espaços para as questões psicológicas dos personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do realismo literário. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. Nesta fase destaca-se as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900) e Memorial de Aires (1908).
Machado de Assis também escreveu contos, tais como: Missa do Galo, O Espelho e O Alienista. Escreveu diversos poemas, crônicas sobre o cotidiano, peças de teatro, críticas literárias e teatrais.

Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908.






Jorge Amado

Jorge Amado: um dos principais escritores da literatura brasileira

Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais representantes do romance regionalista da Bahia.
Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.   
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia. 
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc. 
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.  
São seus livros
O País do Carnaval, Cacau, Jubiabá, Terras do Sem fim, A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água, Seara Vermelha, O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz, Os Subterrâneos da Liberdade, Gabriela, Cravo e Canela, Suor, Mar Morto, Capitães de Areia, São Jorge dos Ilhéus, Os Velhos Marinheiros, Os Pastores da Noite, Dona Flor e seus Dois Maridos, ABC de Castro Alves, O Amor do Soldado, Bahia de Todos os Santos, A Estrada do Mar, Tereza Batista Cansada de Guerra, Tieta do Agreste, Farda Fardão e Camisola de Dormir.







Carlos Drummond de Andrade


Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.
Concretizou seus estudos em Belo Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na imprensa.  Também trabalhou por vários anos como funcionário público.
Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.

Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.

Dentre suas obras poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas,

Talentoso também na prosa, tem suas prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.

Na década de 1980 lançou as seguintes obras: A Paixão Medida, que  contém 28 poemas inéditos; Caso do Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante (1988).

Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.






Monteiro Lobato
Monteiro Lobato: o precursor da literatura infantil no Brasil

Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô.  Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis. 
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil. 
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos. 
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho. 
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras. 
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.
Frases de Monteiro Lobato
- "De escrever para marmanjos já estou enjoado. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo."
- "É errado pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião."
- "O livro é uma mercadoria como qualquer outra; não há diferença entre o livro e um artigo de alimentação. (...) Se o livro não vende é porque ele não presta".
- "Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."








Gonçalves Dias

Poeta brasileiro nascido no sítio Boa Vista, perto de Caxias, MA, citado como o verdadeiro criador da literatura brasileira. Filho de um português e de uma mestiça, teve bons preceptores e trabalhou na loja do pai antes de seguir para a Universidade de Coimbra, pela qual se graduou em direito (1844). Retornou ao Maranhão, mas dois anos após (1846) mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou professor de latim e história do Brasil no Colégio Pedro II. Foi um dos fundadores da revista Guanabara e escreveu crônicas, críticas e folhetins literários para jornais como o Correio Mercantil e o Correio da Tarde. Nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1852), foi para a Europa (1854) para estudar métodos de instrução pública em diferentes países. De volta ao Brasil (1859), deu início a uma série de viagens pela Amazônia, como chefe da seção de etnografia da Comissão Científica de Exploração, explorando especialmente os rios Negro e Madeira, e regiões da Venezuela e do Peru. Voltou à Europa (1862) e quando estava em Coimbra, compôs um de seus poemas mais conhecidos, que tem a particularidade de não apresentar nenhum adjetivo nos 24 versos que o compõem, a Canção do exílio: "Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá".... Com uma obra repleta de brasilidade e com temas indianistas, mais e mais valorzada com o tempo, em seu modo de ver e defender a natureza, já embutia uma preciosa preocupação ecológica, consolidou o romantismo brasileiro e serviu de modelo para muitos dos poetas seguintes, de Junqueira Freire a Castro Alves. No bojo do que foi editado destacaram-se Primeiros cantos (1847), Leonor de Mendonça (1846), Segundos cantos (1848), as Sextilhas de frei Antão (1848), Boabdil (1850) e Últimos cantos (1850). A editora alemã Brockhaus lançou em Dresden (1857), três obras suas: Os Cantos, Os timbiras e seu Dicionário da língua tupi. Depois (1868-1869) publicou suas obras póstumas, em seis volumes, numa tradução de Schiller Die Braut von Messina. Com a saúde irremediavelmente abalada, embarcou de volta ao Brasil (1864) no porto francês do Havre, no navio Ville de Boulogne. Inditosamente o navio naufragou na costa maranhense, perto de Guimarães, e o grande poeta foi o único a morrer no naufrágio, em 3 de novembro daquele ano.






Cecília Meireles
 Uma das grandes representantes da literatura brasileira
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  






Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.

Vinicius nasceu em 1913 no bairro da Gávea, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violonista amador, e Lidia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918). Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias. Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, no Botafogo, para terminar o curso primário. 

Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos depois, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.

Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos depois, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã". Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.

No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). No ano seguinte, concorreu novamente e desta vez foi aprovado. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.

Além da carreira diplomática, de onde atuou até o final de 1968, Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", obra de 1954. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia 9 de julho, Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreria pela manhã.





 José de Alencar

 José de Alencar: importante escritor do romantismo brasileiro

O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil, no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.
Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. 
Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao contrário de outros romancistas de sua época que escreviam com se vivessem em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil. 
Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e A Viuvinha. Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates. 
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani. 
É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está sua obra mais importante: Iracema. Outra obra também considerada de grande valor literário é O Guarani, pois aborda os aspectos da formação nacional brasileira. 
Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar. 
Faleceu aos 48 anos de idade, em 1877, deixando inúmeras obras que fazem sucesso até os dias atuais.






 José Maria Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós , nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais pois estes não eram casados. Estudou direito na Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra” , Responsável pela introdução do Realismo em Portugal.
Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra” - 1865 - , a polêmica em que jovens defensores de novas idéias literárias , artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental , se defrontaram com os velhos românticos , ultrapassados e conservadores , liderados por Visconde de Castilho.

Dedicou-se ao jornalismo depois de formado , e viajou pelo Oriente. Em 1871, participou das “Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense” – nova etapa da campanha que implantou em Portugal as novas perspectivas culturais do Realismo falando sobre o “Realismo como nova expressão da arte”.

Eça de Queirós e o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance , abandonou a linha romântica , e estabeleceu uma visão critica da realidade. Afastou-se do estilo clássico , que pendurou por muito tempo na obra de diversos autores românticos , deu a frase uma maior simplicidade , mudando a sintaxe e inovando na combinação das palavras. Evitou a retórica tradicional e os lugares comuns , criou novas formas de dizer , introduziu neologismos e, principalmente utilizou o adjetivo de maneira inédita e expressiva. Este novo estilo só teve antecessor em Almeida Garrett e valeu a Eça a acusação de galicismo e estabeleceu os fundamentos da prosa moderna da Língua Portuguesa.
Enfim , no dia 16 de Agosto de 1900 Eça morre em Paris. Deixava um episódio literário que veio a ser publicado aos poucos.