1 de junho de 2013

Funções da linguagem


Para que possamos compreender as características relacionadas ao assunto que iremos conhecer, é preciso relembrar que a linguagem cumpre um papel social, ou seja, vivemos em meio a uma sociedade na qual compartilhamos nossas experiências, aprendemos e ensinamos, convivemos com pessoas de culturas diferentes, entre outros fatores. Tudo isso ocorre por meio da comunicação, e sempre quando nos comunicamos com alguém temos um objetivo, uma finalidade. 
 

 
Há determinadas situações em que desejamos convencer nosso interlocutor (a pessoa com a qual conversamos), entretê-lo, fazendo-o sorrir, como é o caso de uma piada, informá-lo sobre um determinado acontecimento, instruí-lo a realizar uma determinada tarefa, enfim, são tantos exemplos que nem dá para citar todos eles. Sendo assim, de acordo com a intenção a que nos propomos, a linguagem adquire funções específicas, como estas que iremos conhecer agora. Então, preparado (a) para mais este desafio? Vamos lá!!! 

Função fática 
Imagine-se conversando com o coleguinha no intuito de convidá-lo para ir ao cinema. Certamente a conversa seria mais ou menos assim: 




- Alô, querido amigo, você gostaria de ir comigo ao cinema? 
- Nossa! Que legal, adorei o convite. 
[...]

Obviamente que a conversa irá continuar, não é verdade? Então, quando há uma comunicação na qual se deseja estabelecer um contato mais prolongado com o receptor, como é o caso de um telefonema, estamos diante da função fática da linguagem. 


Função metalinguística
Agora, imagine que você precise recorrer ao dicionário no intuito de saber o significado de uma determinada palavra.



 
Dessa forma, a língua (representada pelo dicionário) usa também da linguagem para repassar as informações ao interlocutor, por meio das palavras. 


Função poética 
Quando lemos um poema, percebemos o trabalho que o escritor realiza com a linguagem, utilizando-se de recursos especiais que a deixam ainda mais bela, não é mesmo? Desse modo, temos que os poemas e as canções musicais representam a função poética da linguagem. 


Função apelativa 
Nela, o objetivo do emissor é convencer o interlocutor sobre um determinado assunto. Como exemplo, podemos citar os anúncios publicitários, nos quais a intenção do anunciante é induzir o público a adquirir um determinado produto. Vejamos um caso:


 
Função referencial ou denotativa 
Uma reportagem, como você sabe, utiliza uma linguagem objetiva, pois a finalidade do emissor (a pessoa que fala) é informar o leitor a respeito de um determinado acontecimento. 
 

 
Função emotiva 
Como o próprio nome já diz, a função emotiva caracteriza-se pelos sentimentos, emoções que são próprias de quem as revela, ou seja, do emissor. Vejamos, então, um pedacinho do poema de Mário Quintana: 

 
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos…

Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
[...]

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

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