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25 de janeiro de 2013

Os grandes mestres da Literatura mundial.




Machado de Assis: um dos mais importantes escritores brasileiros.

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21/6/1839, filho de uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.
Na infância, estudou numa escola pública durante o primário e aprendeu francês e latim. Trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público.
Publicou seu primeiro poema intitulado Ela, na revista Marmota Fluminense. Trabalhou como colaborador de algumas revistas e jornais do Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de letras e seu primeiro presidente.
Podemos dividir as obras de Machado de Assis em duas fases: Na primeira fase (fase romântica) os personagens de suas obras possuem características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. Desta fase podemos destacar as seguintes obras: Ressurreição (1872), seu primeiro livro, A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).
Na Segunda Fase ( fase realista ), Machado de Assis abre espaços para as questões psicológicas dos personagens. É a fase em que o autor retrata muito bem as características do realismo literário. Machado de Assis faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, necessidades, defeitos e qualidades. Nesta fase destaca-se as seguintes obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900) e Memorial de Aires (1908).
Machado de Assis também escreveu contos, tais como: Missa do Galo, O Espelho e O Alienista. Escreveu diversos poemas, crônicas sobre o cotidiano, peças de teatro, críticas literárias e teatrais.

Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908.






Jorge Amado

Jorge Amado: um dos principais escritores da literatura brasileira

Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais representantes do romance regionalista da Bahia.
Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.   
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia. 
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc. 
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.  
São seus livros
O País do Carnaval, Cacau, Jubiabá, Terras do Sem fim, A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água, Seara Vermelha, O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz, Os Subterrâneos da Liberdade, Gabriela, Cravo e Canela, Suor, Mar Morto, Capitães de Areia, São Jorge dos Ilhéus, Os Velhos Marinheiros, Os Pastores da Noite, Dona Flor e seus Dois Maridos, ABC de Castro Alves, O Amor do Soldado, Bahia de Todos os Santos, A Estrada do Mar, Tereza Batista Cansada de Guerra, Tieta do Agreste, Farda Fardão e Camisola de Dormir.







Carlos Drummond de Andrade


Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.
Concretizou seus estudos em Belo Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na imprensa.  Também trabalhou por vários anos como funcionário público.
Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.

Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.

Dentre suas obras poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas,

Talentoso também na prosa, tem suas prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.

Na década de 1980 lançou as seguintes obras: A Paixão Medida, que  contém 28 poemas inéditos; Caso do Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante (1988).

Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.






Monteiro Lobato
Monteiro Lobato: o precursor da literatura infantil no Brasil

Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô.  Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis. 
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil. 
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos. 
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho. 
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras. 
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.
Frases de Monteiro Lobato
- "De escrever para marmanjos já estou enjoado. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo."
- "É errado pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião."
- "O livro é uma mercadoria como qualquer outra; não há diferença entre o livro e um artigo de alimentação. (...) Se o livro não vende é porque ele não presta".
- "Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."








Gonçalves Dias

Poeta brasileiro nascido no sítio Boa Vista, perto de Caxias, MA, citado como o verdadeiro criador da literatura brasileira. Filho de um português e de uma mestiça, teve bons preceptores e trabalhou na loja do pai antes de seguir para a Universidade de Coimbra, pela qual se graduou em direito (1844). Retornou ao Maranhão, mas dois anos após (1846) mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou professor de latim e história do Brasil no Colégio Pedro II. Foi um dos fundadores da revista Guanabara e escreveu crônicas, críticas e folhetins literários para jornais como o Correio Mercantil e o Correio da Tarde. Nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1852), foi para a Europa (1854) para estudar métodos de instrução pública em diferentes países. De volta ao Brasil (1859), deu início a uma série de viagens pela Amazônia, como chefe da seção de etnografia da Comissão Científica de Exploração, explorando especialmente os rios Negro e Madeira, e regiões da Venezuela e do Peru. Voltou à Europa (1862) e quando estava em Coimbra, compôs um de seus poemas mais conhecidos, que tem a particularidade de não apresentar nenhum adjetivo nos 24 versos que o compõem, a Canção do exílio: "Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá".... Com uma obra repleta de brasilidade e com temas indianistas, mais e mais valorzada com o tempo, em seu modo de ver e defender a natureza, já embutia uma preciosa preocupação ecológica, consolidou o romantismo brasileiro e serviu de modelo para muitos dos poetas seguintes, de Junqueira Freire a Castro Alves. No bojo do que foi editado destacaram-se Primeiros cantos (1847), Leonor de Mendonça (1846), Segundos cantos (1848), as Sextilhas de frei Antão (1848), Boabdil (1850) e Últimos cantos (1850). A editora alemã Brockhaus lançou em Dresden (1857), três obras suas: Os Cantos, Os timbiras e seu Dicionário da língua tupi. Depois (1868-1869) publicou suas obras póstumas, em seis volumes, numa tradução de Schiller Die Braut von Messina. Com a saúde irremediavelmente abalada, embarcou de volta ao Brasil (1864) no porto francês do Havre, no navio Ville de Boulogne. Inditosamente o navio naufragou na costa maranhense, perto de Guimarães, e o grande poeta foi o único a morrer no naufrágio, em 3 de novembro daquele ano.






Cecília Meireles
 Uma das grandes representantes da literatura brasileira
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  






Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.

Vinicius nasceu em 1913 no bairro da Gávea, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violonista amador, e Lidia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918). Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias. Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, no Botafogo, para terminar o curso primário. 

Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos depois, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.

Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos depois, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã". Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.

No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). No ano seguinte, concorreu novamente e desta vez foi aprovado. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.

Além da carreira diplomática, de onde atuou até o final de 1968, Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", obra de 1954. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia 9 de julho, Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreria pela manhã.





 José de Alencar

 José de Alencar: importante escritor do romantismo brasileiro

O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil, no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.
Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. 
Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao contrário de outros romancistas de sua época que escreviam com se vivessem em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil. 
Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e A Viuvinha. Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates. 
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani. 
É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está sua obra mais importante: Iracema. Outra obra também considerada de grande valor literário é O Guarani, pois aborda os aspectos da formação nacional brasileira. 
Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar. 
Faleceu aos 48 anos de idade, em 1877, deixando inúmeras obras que fazem sucesso até os dias atuais.






 José Maria Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós , nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais pois estes não eram casados. Estudou direito na Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra” , Responsável pela introdução do Realismo em Portugal.
Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra” - 1865 - , a polêmica em que jovens defensores de novas idéias literárias , artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental , se defrontaram com os velhos românticos , ultrapassados e conservadores , liderados por Visconde de Castilho.

Dedicou-se ao jornalismo depois de formado , e viajou pelo Oriente. Em 1871, participou das “Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense” – nova etapa da campanha que implantou em Portugal as novas perspectivas culturais do Realismo falando sobre o “Realismo como nova expressão da arte”.

Eça de Queirós e o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance , abandonou a linha romântica , e estabeleceu uma visão critica da realidade. Afastou-se do estilo clássico , que pendurou por muito tempo na obra de diversos autores românticos , deu a frase uma maior simplicidade , mudando a sintaxe e inovando na combinação das palavras. Evitou a retórica tradicional e os lugares comuns , criou novas formas de dizer , introduziu neologismos e, principalmente utilizou o adjetivo de maneira inédita e expressiva. Este novo estilo só teve antecessor em Almeida Garrett e valeu a Eça a acusação de galicismo e estabeleceu os fundamentos da prosa moderna da Língua Portuguesa.
Enfim , no dia 16 de Agosto de 1900 Eça morre em Paris. Deixava um episódio literário que veio a ser publicado aos poucos.


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